Assim como você precisa saber o endereço de alguém para enviar uma carta, ou do número de telefone para fazer uma ligação, o seu dispositivo pessoal precisa de um endereço que o identifique para acessar à internet, esse endereço é conhecido como IP, ou Protocolo de Internet.
O endereço IP é um conjunto de regras que regem o formato dos dados enviados pela rede, seja a Internet ou rede local. É um endereço exclusivo que identifica o seu dispositivo na rede, mas esse mesmo dispositivo pode ter diferentes endereços IPs, um para se conectar à rede local, outro para se identificar na internet.
O seu provedor é responsável por fornecer o endereço IP para você se conectar à internet, o chamado IP público.Esse IP público pode dizer muito sobre você, como a sua localização exata e qual provedor de internet você usa.Se você entrar no site da HMA ele irá mostrar essas informações para você.
Outra forma de saber o seu número de IP público é digitando no google “Whatismy IP”, ele vai te mostrar o número do seu IP e, apesar de saber a sua localização e o seu provedor assim como qualquer outro site que você visite na internet, não irá mostrar estas informações.
Por causa dessa fragilidade de segurança, algumas pessoas utilizam recursos para ocultar o IP ao navegar na internet utilizando um servidor proxy, ou até mesmo uma VPN. Por isso, o endereço IP não é considerado exatamente um bom identificador de localização ou de pessoas, mesmo assim, o rastreio, apesar de um pouco mais trabalhoso, é possível.
Responsabilidade do Provedor de Internet – ISP
Fazer esse rastreio é necessário, principalmente, em casos de crimes na internet. É por causa também dos crimes que os provedores são obrigados por lei a registrar algumas informações sobre o seu acesso, mas são basicamente registros de log, ou em caso de solicitação judicial, onde ele poderá registrar as suas atividades também.
Essas obrigações foram definidas a partir do Marco Civil, a partir do qual o ISP ficou obrigado a guardar as informações sobre registros de log por no mínimo 1 ano, ou seja, as informações do seu IP e horário de acesso são guardados pelo ISP, mas ele não tem obrigação e nem permissão de monitorar ou registrar as suas atividades.
Na realidade, o provedor é proibido pela lei de registrar esses detalhes, já que o Marco Civil determina a ‘inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela internet, salvo por ordem judicial’ e que, para os provedores, ‘é vedado bloquear, monitorar, filtrar ou analisar o conteúdo dos pacotes de dados’.
Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), não só os ISPs, mas toda e qualquer empresa será responsabilizada em caso de vazamento de dados dos clientes, portanto, é essencial que as empresas guardem com segurança, somente os dados necessários.
IP, um identificador exclusivo?
O IP deveria ser um identificador exclusivo, mas na prática, nem sempre é assim. Em uma rede local, cada dispositivo possui um IP para se comunicar com o roteador e poder receber e enviar os dados dentro e fora dessa rede. Mas quando os dados são enviados para fora, onde temos o IP público fornecido pelo provedor de internet, esse IP acaba sendo o mesmo para aquela rede.
Um teste simples que você pode fazer na sua casa é digitar o ‘whatismy IP’ no google do seu notebook e do seu celular, o resultado será o mesmo para os dois, a não ser que você esteja usando um provedor proxy ou uma VPN. De qualquer forma os logs locais são registrados pelo roteador e é possível identificar em uma rede local, qual dispositivo está acessando determinada página.
Às vezes o provedor de internet também utiliza um mesmo IP para mais de uma rede local. Com a escassez do IPv4, muitos provedores começaram a utilizar o CGNAT para duplicar os IPs e suportar o crescimento da rede utilizando os prefixos existentes de forma mais eficiente. Essa prática, apesar de ainda ser utilizada, prejudica a qualidade da internet do usuário e com a vinda do IPv6 não é mais necessária.
E como fica o registro por VPN?
Ao usar uma Rede Virtual Privada (VPN), você terá um outro identificador, endereço IP, que irá te identificar na internet. O seu provedor de internet terá o registro de horário que você logou na VPN e o provedor da VPN terá domínio dos seus acessos a partir dali.
A VPN é um recurso bastante utilizado para garantir a segurança do seu acesso. Acessar à rede por meio de uma VPN torna mais difícil potenciais criminosos identificarem o seu endereço, por exemplo.
Além disso, a VPN é a forma mais indicada de acesso ao fazer uso de uma rede pública, onde as pessoas que estão utilizando a rede podem invadir seu dispositivo e roubar os seus dados.
A VPN também é uma forma de liberdade em lugares onde há restrição do uso da internet. Com ela é possível acessar sites e conteúdos bloqueados, ou até mesmo acessar conteúdos que só estão disponíveis em outros países.
Conhecer mais sobre IP é importante para o usuário final e essencial para um provedor de internet, que precisa ir além do endereço IP e se preocupar também com o trânsito IP e a rota dos conteúdos que serão direcionados para os seus clientes. Quer saber mais sobre trânsito IP? Baixe gratuitamente o nosso ebook ‘Como escolher o melhor IP para o seu provedor de internet’.